sábado, 29 de janeiro de 2011

SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS


Me lembrei de quando eu era mais nova e um amigo do meu pai me perguntou que diacho de música eu gostava. Respondi que música tipo a que passava na Nova FM... De Rock clássico sempre fui afim, Felizmente quando criança ouvi bastante um EP dos Rolling Stones (Harlem Shuffle) que meu pai tinha, apesar de ele gostar de sertanejo, ser cantor e ter tido várias duplas. Pois é.


As músicas que passavam na Nova FM, Concluí que eram “poemas cantados”, Chamados de MPB, Música Popular Brasileira, Não me convenci com esse nome e até hoje não gosto.


Para parecer certo, Diz-se que MPB abrange vários estilos musicais... Mas estas músicas populares brasileiras, não são tão populares assim e ás vezes nem tão brasileira. Ainda assim são poemas cantados e sambantes.

Música popular brasileira, bem se sabe, é forró, sertanejo, funk, pagode e por aí vai, por questões “demográficas”. Será que já fizeram censo para gosto musical? Quantos por cento de brasileiros ouvem “MPB”?
Esse gênero devia se chamar, Só porque eu quero “SPV” Sociedade dos Poetas Vivos. (é que sempre acho que tudo deveria ser título, como em filme, até gente deveria ter título, qual seria o seu?)
 
Quantos poetas vivem, cantam e dançam entre nós?! Já pensou que vai ser orgulhoso de ter sido contemporâneo de Chico, Caetano, Djavan?! Estão todos vivos ... Sociedade dos Poetas Vivos, claro que há os membros mortos e não menos célebres, muito pelo contrário, Elis, Tom , Vinicius... Viveram, vivem e serão eternamente eternos. Música tem esse poder de eternidade (é que moram na atmosfera).


Não há lugar mais abastado de poetas como a "mpb" ou "spv". 

A música se é poesia vestido de samba subindo a ladeira bate no corpo de quem ouve, este absorve palavras (e lindas) e elas adentram os sentidos  e injetam saber e viver. Viver e saber.

Não só samba, mas tudo que já andou abrangendo a “MPB”.
 
Chamar uma música de “minha” é altamente sublime se falamos de poesia. Do melhor jeitinho brasileiro de ser, sussurrando com voz mansa, com ritmo ligeiro do devagarinho, arrastando o som, dedilhando as cordas do violão, com coisa de quem não anda rápido para não perder a paisagem da esquerda ou da direita, das imagens no “pulo do gato” (do jeito que gosto de significar) de quem viu, viu, quem não viu, não musicou, poetizou e fez fruir.


A sociedade dos poetas vivos taí, sempre esteve, principalmente quando fudidos com a ditadura teciam músicas sorrateiramente, verdades e arte ficam atrás das palavras, mas revelavam-se nos acordes, Segredinho... Quem ouviu, ouviu, no pulo do gato, poesia se desvencilhando, musicando na era da hipocrisia.

A sociedade ainda existe, sempre existirá. O ridículo também não acabou. Só mudou de cor. Mas eles estão aí e é ótimo observar e fazer parte desta sociedade e atestar a Vivacidade Poética.

Só para ilustrar:

DIGA NÃO AS DROGAS

Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de "experimenta, depois, quando você quiser, é só parar..." e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz", "natural" , da terra", que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do "Chitãozinho e Xororó" e em seguida um do "Leandro e Leonardo". Achei legal, coisa bem brasileira; mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei a chamar todo mundo de "Amigo" e acabei comprando pela primeira vez.

Lembro que cheguei na loja e pedi: - Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... "Banda Eva", "Cheiro de Amor", "Netinho", etc. Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: "É o Tchan", "Companhia do Pagode", "Asa de Águia" e muito mais. Após o uso contínuo eu já não queria mais saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu "amigo" me deu o que eu queria, um Cd do "Harmonia do Samba". Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela! Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais . . . Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show de encontro dos grupos "Karametade" e "Só pra Contrariar", e até comprei a Caras que tinha o "Rodriguinho" na capa.

Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma "música" que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorriamos fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a coletânea "As Melhores do Molejão". Foi terrível!! Eu já não pensava mais!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas "miseráveis" e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar "Popozudas", "Bondes", "Tigrões", "Motinhas" e "Tapinhas". Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido. Quando saia a noite para as festas pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas; uns nobres queriam me mostrar o "caminho das pedras", outros extremistas preferiam o "caminho dos templos". Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.

Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, MPB, Progressivo e Blues. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas.

Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as referências e definhar mentalmente.

Em vez de encher cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte:

* Não ligue a TV no domingo à tarde;
* Não escute nada qu e venha de Goiânia ou do interior de São Paulo;
* Não entre em carros com adesivos "Fui.....";
* Se te oferecerem um CD, procure saber se o indivíduo foi ao programa da Hebe ou ao Sábado do Gugu;
* Mulheres gritando histericamente são outro indício;
* Não compre um CD que tenha mais de 6 pessoas na capa;
* Não vá a shows em que os suspeitos façam passos ensaiados;
* Não compre nenhum CD em que a capa tenha nuvens ao fundo;
* Não compre nenhum CD que tenha vendido mais de um milhão de cópias no
Brasil; e
* Não escute nada em que o autor não consiga uma concordância verbal mínima.

Mas principalmente, duvide de tudo e de todos.
A vida é bela!!!! Eu sei que você consegue!!! Diga não às drogas!!
Luis Fernando Veríssimo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cinema, Cineminha, Vamos todos Cinemar!

 2011-Dentre as coisas que prometi, a maior parte delas tem a ver com cinema, Ás vezes tento falar de cinema sem poematizar, ou pelo menos não babar tanto pela arte, falar tecnicamente ou teoricamente com o pouquíssimo conhecimento que tenho. Mas covenhamos que para isso, já nos fazem dormir, Ismail, Bernadet, Bazin e tantos outros. Também não sei a quem interessa suspiros de uma jovem entusiasta. Mas foda-se, o blogue é meu e escrevo o que quiser e como quiser (e com palavrões).

Venho até aqui, justamente porque minha cabeça fervilha com tantas idéias e planos (planos mesmo, metas, não o geral, fechado ou médio) Não sei nem por onde começar. O doc? (Não sei se tenho as manhas) O longa? (Vou precisar de uns milhões pra ele) O curta? (Editais...). Também não me sinto mal em fazer exibições de filmes meus ou de amigos em ongs em São Paulo, Cines Comunidades, Cine Itinerário e etc... é legal propagar cinema e cuidar para que o hábito de ir ver filme em tela grande seja o mais comum possível nas comunidades pobres ou em cidades pequenas (como a de meu pai em Minas Gerais, que até hoje não sabe o que é um cinema).

Cinema tem que deixar de ser a carne de boi do filme Marvada Carne- André Klotzel (pronto, mais um paralelo). Aliás, nem mais coitadismo dos realizadores, de que cinema é arte para rico e etc, Nessa "Nova Era" (até quando será chamada de "nova"?) onde há tantos recursos, principalmente digitais, não há desculpa para não cinemar, acho que deve faltar só uma boa vontade de propagar a Arte, mas arte mesmo, não um registro de algo que tenha graça só pra quem faz ou simplesmente não endereça nenhum resultado a quem vê. Talvez arte ,( ouso tentar compreendê-la) seja algo que no seu amago haja algo que há em todas as pessoas e assim, de algum modo elas se identificam, se entendem por gente e haja uma conexão de idéias, seja um espelho de idéias, onde se possa pintar um pássaro e alguém enxergar um dinossauro e isso lhe fizer tanto sentido que ela passa a prestar mais atenção ao seu interior e desenvolver mais suas capacidades psícas.

Cinema e qualquer arte deve ter pelo menos esta função, Há quem diga que arte não é "utilizatória", eu duvido muito. Ou que só serve para entreter, isso é difícil, por acaso somos bebês em um cercado colorido de prézinho, esperando que as mamães voltem para nos buscar? 
Se for, vamos brincar, então... de cinema. Chamem seus amigos, faça uma roda e girando cantem:
"Cinema, Cineminha,Vamos todos Cinemar"
La ra ra la ra ra

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ERA UMA VEZ UM MENINO...

 Para Tawane,Daniel e Nara, Agora escrito:

Eu vou contar a história de um menino...

Era uma vez um menino
que acreditava que as nuvens tinham vida
que não lembrava se sonhou ou se esteve numa bolha de sabão
que não sabia calçar os sapatos
que mentia que havia escovado os dentes, não por porquice, mas pelo bel- prazer
que disse já ter passado uma jornada noturna com um saci
e que colocou um dente do lobisomem debaixo do travesseiro, a fada deste departamento
lhe deu um castelo
que viajou num balão feito de guarda-chuva
que andava com o espelho segurado na altura do peito virado para cima e servia-lhe deGPS
que escreveu sobre todas sua viagens aos pobres adultos..
Não acreditaram nele, Até rasgaram as páginas do livro, Disseram-lhe que já era grande demais pra inventar histórias.
O menino trancou-se no castelo, estorou a bolha,ficou de mal do saci, rasgou o  balão, quebrou o espelho e 
Era uma vez um menino...



"-E nem era mentira né,Bruninha?"
Daniel

óhnn que fofo!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Agora aqui está as Resoluções"- Mr.Hat por Bruna Therolly

Eu que não sabia muito bem, o que prometer para o ano novo. Dei uma espiada na lista do meu querido Mr. Hat, Espero que possa inspirá-los também:


"Sou um fã de articulação positiva. Para mim, este é um passo além do pensamento positivo. É colocar o pensamento positivo em ação - a fazer - em palavras.

Todo ano novo eu resolvo fazer algo novo ou diferente com a minha vida. Algo grandioso. Algo transformador. Às vezes, é para continuar fazendo algo que adoro, mas muitas vezes é uma nova invenção de algum tipo.
No ano passado, o tema principal foi o ativismo e em 2010 certamente eu tenho meus pés molhados, literalmente, através da Região do Lago Volta, no Gana, aprendendo sobre o trabalho de libertar os escravos - e desfilar por Nova Orleans, promovendo um futuro verde após a aprendizagem sobre o desastre do derramamento de óleo e cobrir-se no Golfo.


Este ano, eu resolvi me tornar Novo no Agora. "Novo", muitas vezes refere-se a um tipo ou qualidade de algo, e tende a se referir a um dia, passados ou futuros. Agora, porém, sempre significa AGORA. Nesta tradição, eu começo a comemorar cedo a dizer: Happy Now Year. ("Feliz ano Agora")


"Novo" geralmente significa que algo é feito recentemente. Agora, significa que ele é feito e é isso. É pegar ou largar. Eu penso que usando Agora em vez de Novo, podemos reduzir o consumo. Por exemplo, eu preciso de um novo computador torna-se, eu preciso de um computador agora. Um computador agora já existe - é, portanto, provável pré-propriedade, e ainda tão poderoso. Um novo computador requer energia e dinheiro para fabricá-lo e o mesmo tempo para obtê-lo todo o caminho até meu estúdio. (Estou falando de uma experiência real btw. Meu computador pelos padrões de hoje é antigo. Assim é a minha tecnologia de gravação. Mas isso não me engana. Ele está trabalhando agora. Então, eu estou aderindo a ela!)


Em 2011, eu tenho vontade de reparação, reutilização, reciclagem e manutenção.


Usando as palavras: "Eu faço" ao invés de "eu acho" totalmente pode aliviar a sua carga "sobre o número de falhas de comunicação em sua vida. "Eu acho que" toma posse e é pretensioso. "Eu faço" é muito mais divertido e é um lembrete de como essa versão agora da experiência de vida é tudo feito de qualquer maneira.


Em 2011, eu resolvi não pensar. (Haha.)


Lembrando que tocar é outra coisa. Em 2010 eu confundi a minha criança interior, referindo-se a minha atuação no trabalho, que é uma bobagem. Você não pode trabalhar a música.
Em 2011, eu resolvi tocar a música.


Recentemente, alguns amigos estavam em  lua de mel / férias. Chamavam-lhe o seu Playcation. Bravo. Não diga mais nada.


Tantas vezes dizemos: eu tenho que ir para o trabalho. Eu tenho que pegar alguns mantimentos. Eu tenho que chamar assim e assim. Fazendo uma mudança consciente e usando as palavras "CONSIGO" pode mudar tudo. "Nós temos que ir para o trabalho". Nós CONSEGUIMOS  pegar alguns mantimentos. Nós podemos chamar assim e assim. Eu ouvi meu pai dizer, "eu tenho que ir buscar a sua avó", mas eu sei o quanto ele a ama o que ele pode fazê-lo. Eu vou incentivá-lo a dizer," eu consigo ir ver sua avó". Logo, nós não podemos ter essa honra.

 
Em 2011, eu resolvi ser mágico.


Que outras formas de articulação positiva e híbridos, palavra peculiar que você poderia acrescentar à linguagem em constante evolução, que se torna nossa experiência de vida?


Em 2011, eu resolvi ser um grande ouvinte."

Oi, Tudo Bem?


Oi, Tudo Bem?

Eu não sei, viu...
Ando pensando demais...
Ando amando demais...
Ando sonhando demais...
Ando reticênciando  demais...
Ando “ando” demais...
Ando lembrando demais...
Ando escrevendo demais...
Ando suspirando demais...
Ando criticando demais...
Ando lendo demais...
Ando ouvindo música demais...
Ando dormindo demais...
Ando filmando filmes que não são meus
Demais... 
Ando vendo coisas demais e não me interessando por nada.
Ando por aí, no mesmo lugar de onde vim.
Nenhum.
Ando sem saber o que é tudo bem, ando sem querer todo este bem.
Desculpe toda esta resposta.

E você, Tudo bem?