sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Minha Autópsia



Quando chego em casa, Destranco meu quarto, ele mais parece a cabana do major- sempre está do estado do meu espírito.

Primeiro, tiro os brincos- não me sinto em casa, se não os tirar. Depois os sapatos com os próprios pés. Troco a roupa. Procuro um lugar para pousar o celular. Prendo os cabelos e desço para pegar café, primeiro balanço a garrafa e amo quando está pesada. Subo novamente com meu café quentinho e o coloco perto de minha cama, no chão, onde está sempre cheio de livros, revistas, cadernos...

Livros que nem leio, apenas folheio, estão jogados á sorte de um dia serem explorados de verdade. Os que realmente foram lidos, não ficam neste espaço, nem jogados, Ficam na bolsa, ou devidamente empilhados num lugar alto ou viajando por aí.

Os cadernos, sim, estão sempre sendo relidos, anotam novos pensamentos, auto-observações, idéias para roteiro, sempre primeiro  neles e depois na atmosfera.

Ligo o rádio na nova efe eme ou deixo minha playlist em modo aleatório e me divirto com as provocações dela.
Me cubro com três cobertores, que no meio da noite estão sempre no chão, ás vezes os pego no pulo.

Pra dormir, Viro pro lado da parede. Roço os pés um no outro até pegar no sono. E nunca vejo quando é que durmo. Ultimamente demoro pra dormir e quando durmo sonho que estou com insônia. 

Quando desperto, olho para janela para ver se a luz do possível e sempre bem-vindo Sol está invadindo os buraquinhos. Se não, reluto em levantar. Se sim, me apresso.

Cada coisa pode ser tão simples como realmente é, Todo que não sou eu, me parece ser mistério e mais interessante . Erro Grande. Comum, comunzinho como eu.

♫ Sei , eu sei que vejo mais do que deveria, Mas é que eu sou mesmo assim ♫

Texto de :26/07/2011