quarta-feira, 27 de abril de 2011

PROJETO : EU

Faço a mesma cara quando penso no progresso da humanidade e quando examino a quantidade de pontas duplas dos meus cabelos.

Posso usar uma palavra sofisticada e uma gíria bem medíocre na mesma frase.

Posso debater sobre a verdade do universo, mas ignoro decifrar as horas num relógio de ponteiro.

Zombo da cara do Freddy Krueger, Jason e Cia, mas choro só de pensar em ver um pirata.

Leio muitos livros e geralmente devoro seu conteúdo, mas odeio quando os capítulos são enumerados em algarismos romanos, é que sei só até o V.

Sorrio falando coisa séria e o inverso também acontece.

Tenho demasiadas intuições acertadas e as como e bebo no café da manhã.

Não falo coisa com coisa já  que as idéias me atropelam a língua.

Como minha mãe dizia “Essa menina quando ‘enfurna’ com uma coisa é só essa coisa e nada mais”.

Dialogo com palavras e elas me fazem rir, se são feias ou diferentes... “Fronha”, fronha, isso é palavra de se usar?

Gosto de ser assim, não dual, porque é muito pouco, não múltipla, porque não há tanto espaço, Mas qualquer coisa que não seja ser comum- meu pior dos medos. Escuto, mais que falo e se falo é mais do que devia, porém gosto da elegância de minhas observações e o que posso fazer com elas depois. Já disse que tenho mundos particulares, particular ares, feito de partículas deste projeto eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário